Português na Rede: AFRO-DESCENDENTE ou AFRODESCENDENTE?

Português na Rede: AFRO-DESCENDENTE ou AFRODESCENDENTE?:   

Elementos como afro-, anglo-, euro-, franco-, indo-, luso-, sino-, quando entram na composição de adjetivos pátrios, cobram hífen: afro-americano, afro-brasileiro, anglo-saxão, euro-asiático, franco-canadense.
No entanto, quando não formam adjetivos pátrios, eles dispensam o hífen: anglofalante, eurodeputado, francolatria, lusófono, afrodescendente.

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Euros-afro-descendentes

Bem galera novembro é amanhã e para homenagear esse mês com datas significativas resolvi colocar aqui um poema que fiz hoje pensando nisso. Em especial pensando no dia 20 de novembro. Em Salvador teremos atividades culturais gratuitas para a população e estarei postando tudo que eu achar interessante para este novembro negro. E agoram curtam meu poema e espero que gostem:

                            
        Euros-afros-descententes   


        Foto de Luísa Marques     


Vou fazer meu protesto em forma de poesia, fazer como já alguns anos atrás meu povo já fazia.
Sou eu negro, forte, alto, baixinho, fraco, gordo ou magro, moreno sensato e nega maluca.
Tenho estatura mediana e estou na classe baixa. Baixa? Baixa as suas vestes que o povo quer ver. Como diz o ditado quem se abaixa mostra mais do que deve. E como deve este me povo, que trabalhou como louco e paga até hoje sua dívidas por causa da sua cor... bandida.
A bandida entra na loja e o culpado sou eu, sou eu que tenho a cor, sou eu que fico na fila esperando para pagar minhas dívidas.
Sou eu negro, moreno, moreninho, pessoa de cor, cor de jambo, preto, pardo, mulato, e até marrom... Neguinho! Um preto de alma branca. Pode um preto ter alma branca? Mas o que é a tal alma branca? O preto é mau? E o branco é bom?
Não meus amigos, a alma não tem cor.Tem sentimentos. Mas um espírito elevado saberia disso.
Elevador, eleva a dor, elevador Lacerda que sobe, desce e entrega o meu suor. Eu trabalhei de graça e fico sem graça ao descer o plano inclinado mas fico inclinado a aceitar qualquer moeda mas o meu preço é de tabela.
Olha ela! Olha ela!
É ela, negra, linda, artista, cor divina, menina, mulher, que faz com o corpo o que quer, a mulher é quente mexe com a mente. E desde quando a cor diz quem é a gente?
Sou eu negro, cafuzo, confuso, difuso,  mestiço, negão, inteligente.
Eu sou afrodescendente.
E sou qualquer coisa, tenho qualquer cor, só não posso ser um cidadão comum negro brasileiro. O que os eurosdescendentes dizem é o que é politicamente correto mas isso é papo para mais de mil e quinhentos anos...
Sou eu negro, homem, mulher, criança feliz, da raça,
da raça humana... apenas humana.

Poema escrito por Maíra Rosedal em 31/10/2011


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