13/09/2012

Delírios de uma DOR

 

 
Sempre que estava escuro parecia brilhar de algum lugar, e na esperança de ver o sol e conhecer as estrelas se levantava como se nunca tivesse caído.

E esquecia tudo que foi  impróprio para o que havia se tornado, ela ainda era alguém...

Ainda podia sentir um sopro de vida em seu rosto,

Ainda lhe restava a esperança quase que inocente de voar como jamais voou,

Ainda guardava na ponta dos pés um ritmo que ha algum tempo havia esquecido.

Gostaria de beber do vinho do cálice de suas gozações...

Atearia fogo ao que já era cinza...

E mesmo em seus devaneios  mais impróprios você reconheceria a doçura.

Em suas mãos quase que tremulas carregando o vulcão de suas emoções, acompanhava seu corpo com passos ainda não esquecido na expectativa de uma platéia que não fosse solitária.

E ela bailava delirante ao som da sua dor...

Seu balé incompreendido aos olhos curiosos... Quase que participativo, aclamava para a realidade, mas ela esperava a valsa do amor.  

Ela era diferente e não esperava julgamentos.

Por que esperar por vaias se ela só dançava  o amor ? Extinguir uma breve nuvem e dançar sem parar.

Ela só queria ser estrela de um horizonte promissor.

 
                Maíra Rosedal 

0 comentários:

Postar um comentário

 

©2011Prato Feminino | by TNB